Ainda a Colónia do Sacramento
Já aqui escrevi sobre a Colónia do Sacramento, no Uruguai.
Efectivamente, segundo mencionou a página na Internet do Instituto Internacional da Língua Portuguesa no início de Junho de 2015, «o Uruguai reiterou seu interesse em ingressar como observador na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), dadas as influências desse idioma na história e identidade do país.».
De facto, tendo como pano de fundo decisivo, por assim dizer, a colonização do Brasil – e, pois, a sua efectiva ocupação por actividades militares e económicas que a viessem a facilitar –, foi, em 1681, ‘efectuada’ a constituição da Colónia do Sacramento, no sul do actual Uruguai, por Manuel Lobo.
É mesmo possível, ainda, encontrar na cidade um local de homenagem ao seu fundador: Plaza Manuel Lobo.
No entanto, os colonos portugueses cedo dali foram expulsos e se percebeu que Espanha nunca iria aceitar o domínio da Coroa portuguesa numa terra que afirmava ser sua (segundo, claro, o tratado de Tordesilhas).
Estavam, assim, lançadas as bases para que viesse a ser assinado um outro tratado.
E, na verdade, foi-o.
Em 1750.
O tratado de Madrid foi, claro está, rubricado em Madrid «pelos monarcas D. João V (Portugal) e D. Fernando VI (Espanha) [sendo que] tal tratado geopolítico teve como principal objetivo o fim das disputas territoriais entre os Estados Ibéricos.».
Saliente-se ainda, a título de exemplo, o ‘nascimento’ da cidade de San Carlos: esta urbe foi fundada por imigrantes oriundos do arquipélago açoriano como, de resto, me explicou, há alguns anos, uma funcionária do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua no Uruguai.