“Amar pelos dois”
A vitória da canção interpretada por Salvador Sobral no Festival Eurovisão da Canção de 2017 representou muito mais do que a consagração internacional de um artista e de um país.
É que apesar de estar em competição (é mesmo esta a palavra) com melodias oriundas de diversas nações do Velho Continente – e de outras partes do mundo –, não é possível ignorar o papel do meio “televisão” e de outras plataformas (Youtube, por exemplo) que, ainda antes do festival organizado na Ucrânia, ajudaram a catapultar a canção de Salvador Sobral (escrita pela sua irmã, Luísa) para um nível planetário.
Representou, por isso, para além da enorme capacidade da canção interpretada pelo jovem músico, o reconhecimento da língua portuguesa no mundo.
Não terão, efectivamente, a edição de 2017 Festival Eurovisão da Canção e o “desempenho” do artista e da canção portugueses feito mais pela divulgação da língua portuguesa do que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua fizeram em anos e anos de actividade?