Azulejos?! Que interessa isso?
Referi-me, há dias, num comentário aqui deixado no blogue, aos azulejos.
De facto, a azulejaria é uma “tradição” que, em Portugal, remonta ao século XVI: Lisboa ainda é, na verdade, a cidade que, no mundo, mais conjuntos de azulejos alberga.
Parece que, no entanto, algumas “nuvens negras” se têm vindo a perfilar no horizonte desta antiquíssima – e, ao mesmo tempo, magnífica – forma de expressão estética e, enfim, cultural.
“Nuvens negras” em forma de indiferença, por assim dizer: como pude ler na Agenda Cultural de Lisboa referente ao mês de Março deste ano, «segundo a Divisão de Salvaguarda do Património Cultural da CML (DSPC), o principal motivo de perda de património azulejar nas fachadas de Lisboa é mesmo o desinteresse por parte dos promotores ou donos de obras».
Mas não só: «os furtos são uma preocupação real com bastante eco na opinião pública mas estão longe de ser a maior ameaça, de entre todas as patologias que afetam o azulejo».
Mais um exemplo de desprezo pelo património.
Que pena.