E que tal uma função didáctica?
Sabia já que Portugal iria sofrer um sismo com uma intensidade igual ou superior ao da verificada no sismo que afectou o país – e, sobretudo, a região de Lisboa – em 1755.
Ou seja, não é uma questão de se mas, sim, de quando.
Tal como, de resto, há cerca de ano e meio, avisou Sir Bernard Hogan-Howe, o então comissário da polícia metropolitana de Londres: através de um conjunto de declarações publicadas no sítio electrónico do jornal britânico The Guardian no último dia de Julho de 2016 – “UK risk of terror attack remains a case of 'when, not if', says Met chief” –, este responsável observou que a questão a colocar-se perante um ataque terrorista ao Reino Unido seria quando é que iria acontecer e não se, de facto, iria ele suceder (o Reino Unido vivia, então, sob alerta de grave ameaça terrorista desde Agosto de 2014).
Aquilo que, entretanto, se tem vindo a passar provou já a lucidez da sua análise…
Efectivamente, no post a que coloquei o título “O futuro da televisão pública em Portugal” abordei, também, o facto de esta ser (ou não, no caso suíço) considerada uma “mais-valia”.
Ora, enquanto contribuinte pagante da referida taxa audiovisual e, portanto, financiador do canal público de televisão, acho que me assiste o direito de me pronunciar sobre a actual ‘grelha’ de programas deste.
Pretendo, no entanto, fazê-lo depois de ter lido, há poucos dias, alguns artigos jornalísticos.
E neles se referiu, implícita e explicitamente, a ausência de ‘preparação’ por parte dos cidadãos lisboetas e, enfim, dos portugueses para ‘lidar’ com algumas situações.
Pois bem: será que o ‘espaço’ que é, durante cinco dias (os chamados dias úteis), ocupado, por exemplo, pelo programa “Preço Certo” – cujo ‘conteúdo’ intelectual é, em minha opinião, nulo – não poderia ser ‘preenchido’ por um programa que me explicasse (e a todos os espectadores) os procedimentos a adoptar perante um sismo, um incêndio ou uma crise súbita de ‘saúde’ (AVC ou outro problema)?