Expressões insignificantes?
Lembro-me de, há alguns anos, ter lido no então jornal OJE um texto assinado pela jornalista Rebecca Abecassis com o título “Os países do norte não são todos iguais” em que, fazendo uma espécie de viagem por alguns países e povos do Norte da Europa, distinguiu, no meio da heterogeneidade, duas áreas aí commumente encaradas como fundamentais para se atingir um bom nível de desenvolvimento económico, social e cultural: a arquitectura e a gastronomia (ou culinária).
Mas também me lembro de ter lido, no jornal SOL, um texto preparado pela/o jornalista L. A. de Sá a propósito dos dez anos da transferência oficial de soberania de Macau de Portugal para a China com o título “Dez anos é muito tempo”, creio.
Neste se deu conta de que, no ‘balanço’ de uma década de Administração chinesa em Macau, o canal público de televisão da China, a CCTV, havia sublinhado que a matriz portuguesa ‘dominava’ em formas culturais qualificadas como superficiais como a arquitectura e a gastronomia (ou culinária).
Ou seja: enquanto que diversas ‘expressões’ culturais eram (e são?) consideradas, por alguns, como formas pouco dignas e, em certa medida, insignificantes nos contextos económico, social e cultural de uma dada sociedade (e respectivas comunidades), essas mesmas ‘expressões’ culturais eram (e são?) objecto de muita atenção, por outros, como meios para tentar atingir uma maior – e melhor – qualidade de vida.
Concordo absolutamente com a visão nórdica...