O desperdício alimentar
Escrevi ontem algumas linhas sobre as médias das percentagens no que à prática de actividades físicas nalguns países europeus se referia.
Ora, pretendo hoje, também, manter-me focado nas médias…
Segundo a infografia Food waste: the problem in the EU in numbers elaborada, há poucos meses, pelo Parlamento Europeu – com base em estimativas datadas de 2012 –, cerca de ⅓ de todos os alimentos produzidos no mundo anualmente com vista ao consumo humano (ou seja, 1.3 biliões de toneladas) era perdido ou, pura e simplesmente, desperdiçado.
No seio da União Europeia eram, anualmente, 88 milhões de toneladas perfazendo, assim, uma de média de 173 kg de alimentos por cada habitante.
Por outro lado – já apoiada em projecções compiladas em 2010 –, tal como, de resto, noutro tipo de parâmetros (como aquele que ontem lembrei), foi elaborada uma tabela: os Países Baixos, com 541 kg de comida desperdiçada por cada habitante, obtiveram o 1.º lugar do ‘pódio’.
A Suécia (com 212 kg por cada pessoa), a Finlândia (com 189kg), o Luxemburgo (com 175 kg) ou a Dinamarca (com 146 kg), outros campeões do exercício físico, estavam à frente de Portugal (onde, ‘apenas’, se desperdiçavam 132 kg de comida por pessoa/ano…).
A Eslovénia, essa, obteve o reconhecimento de ser o país da União em que cada um dos habitantes desperdiçava, em média, a menor quantidade de alimentos: 72 kg.
Estou em crer que também estes dados poderão estarrecer algumas mentes numa época em que, segundo vários estudos organizados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (a FAO), muitos milhões de pessoas, em todo o mundo, continuam a sofrer com as consequências originadas por carências alimentares e vitamínicas e pela fome.