Portugal, a Igreja e a escravatura – parte I
«Aos dezasete dias do mes de Maio de mil e setecentos e quarenta e dois annos nesta Igr.ª de Nossa S.ra da Lus do lugar Dos Cunhados Tr.º da villa de Torres Vedras [A-dos-Cunhados, localidade pertencente ao concelho de Torres Vedras]: Em minha prezença, e das testemunhas abaixo assignadas se cazarão por palavras de prezente in facie Ecclesia = Joseph dos Santos homen preto n.al da Costa da Mina filho de pais gentios baptizado nesta Freg.ª aonde se dezobrigou: e Maria dos Anjos molher preta n.al de Angola filha de pais gentios baptizada na mesma cid.e; e se dezobrigou nesta Igr.ª ambos escravos de xxx xxxx do Cazal da Serpigeira desta Freg.ª e m.os em caza dot.º seu S.or: os quais admitti a çelebrarem o dito sacram.to do matrimonio, por ordem, que fica em meu poder, do D.or xxx xxx xxxx providor dos cazamtos: guardando, em tudo o mais aforma do Sagrado Concilio Tridentino, e Constituiçois deste Arcebispado: testemunhas, que prezentes estavão xxx xxxx Senhor dos ditos cazados e xxxx xx xxxx filho de xxxx xx xxxxx ambos desta Freg.ª de que fis este assento que assignei dia, mês e era ut s.ª
O Cura xxxx xxxx
[e respectivas testemunhas]»