Somos livres para escolher ser livres
Começo este pequeno texto citando, no título, Nelson Mandela.
Mas não é sobre ele que agora escrevo.
E também não é – ou, de facto, talvez seja… – sobre o cristianismo (e não só) ‘mesclado’ de algumas crenças dos locais onde estiveram os marinheiros, militares e missionários portugueses no século XVI e dos quais ainda hoje se conseguirá encontrar ‘testemunhos’ vivos em Damão, em Macau, em Malaca ou em Goa, por exemplo, que quero falar.
A verdade é que acabei de ler, há pouco, um texto sobre Goa, precisamente.
Mais especificamente, sobre a tolerância que o actual governo indiano não tem demonstrado para com a especificidade cultural de Goa.
Bem ao contrário, relembre-se, da atitude do governo chinês relativamente a Macau.
Tendo em conta um vídeo – Lost Tribe Of Africa – realizado por Asha Stuart (e disponibilizado pelo National Geographic) sobre uma tribo constituída por descendentes de escravos africanos levados para o país há mais de cinco séculos, não tenho a certeza de que a intolerância cultural (e étnica…) posta em prática em Goa pelo actual governo indiano seja específica desse mesmo executivo.
Ou seja, excluindo as diversas camadas económicas, sociais e culturais, por assim dizer, da população.
Na verdade, como já aqui tive a oportunidade de escrever, «E, como não concordo com a bondade das generalizações, tenho muitíssimas dificuldades em aceitar a validade científica da pergunta «Portugal é um país racista?»: Portugal é, sim, um país onde vivem pessoas que acreditam nas virtudes do racismo.
Como, de resto, muitas pessoas originárias de países da América, de África, da Europa, da Ásia e da Oceânia...».