Um palco de recordes
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi criada em meados da década de 1990.
Congrega, actualmente, nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Tal significa, desde logo, que a CPLP é uma organização com uma ‘projecção’ global já que os seus membros de encontram geograficamente localizados em quatro continentes – América, África, Europa e Ásia.
Mas tem, também, um outro significado.
É que a CPLP acolhe, hoje, um país – a Guiné Equatorial – que tem, de forma ininterrupta, o mesmo líder político aos ‘comandos’ do país – Teodoro Obiang Nguema – desde 1979: o acto eleitoral que, no passado dia 23 de Agosto de 2017, marcou o afastamento de José Eduardo dos Santos da presidência de Angola (também após 38 anos de governo non stop) acabou por, apenas, consolidar o líder da Guiné Equatorial como o político africano há mais tempo no poder pois estava no “seu” posto há algumas semanas mais do que o seu homólogo angolano.
Não creio que esta ‘longevidade’ política, nada democrática, seja o ‘cartão de visita’ ideal para a CPLP...